Baseado no blog da
Z.
A vida é um espectáculo de marionetas, um teatro de personagens loucas, apaixonadas e destruídas, que nunca pára. Não há personagem principal, são todos iguais, e unidos pela mesma força: o amor. Juntos ou separados lutam uma luta fácil ou difícil, e nem sempre a ganham, pois nesta peça nem sempre os heróis ganham. Umas vezes eles são os heróis da peça, mas às vezes eles são os vilões. Tudo depende da perspectiva das personagens.
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Puppet on a string by *april182 on DeviantART |
Todos são os juízes, perfeitos e intocáveis pela sua presença, e todos são os carrascos, que sempre cometem erros pelas suas escolhas de desespero e derrota. Alguns morrem primeiro que outros, e para dramatizar a peça, fingimos que eles significavam imenso para nós e que nunca mais os iremos ver, apenas perante o público inexistente, mas no fundo, sabemos que eles estão vivos e seguros, por detrás da cortina do espectáculo.
Para tornar a peça mais interessante, e tirar o enfadonho que ela cria, temos de sair magoados e magoar alguém. Temos de nos mostrar frágeis e vulneráveis, destruir a armadura invisível que nos cobre e cair sobre os joelhos no nosso próprio derrame de sangue. Se somos fortes como aço, também somos fracos como uma flor. Somos ágeis como uma pena e pesados como uma rocha.
Fingimos que não nos conhecemos, no palco de acção das nossas vidas, mas sabemos quem somos por detrás da cortina; e arranjamos actividades durante um dia inteiro para nos entreter, comunicamos e socializamos, tal como criamos barreiras e fechamo-nos. É tudo um grande círculo de estranheza e mistério.
Apesar disto, e apesar de não sabermos realmente de onde somos, porque estamos aqui, e o que temos de fazer nesta vida, uma coisa é clara e imperativa na nossa mente:
somos humanos.