sábado, 21 de agosto de 2010

Apoios


ode tothe sun by ~Amuletz on DeviantART
Porque é que às vezes sentimos que estamos quase a atingir aquelas coisas que queremos, mas falta sempre qualquer coisa para conseguirmos chegar ? Ou pelo menos é o que sentimos. Parece que às vezes necessitamos de dar satisfações a outros para conseguirmos chegar àquilo que queremos e que os outros, invejosos pelos nossos atentados, necessitam de saber cada passo que damos.
Por isso, venho aqui hoje, não para agradecer aqueles que me impedem de experimentar coisas na minha vida. Boas ou más que sejam, a vida é minha e eu sinto a necessidade de viver e experimentar. Venho aqui hoje, agradecer todos os amigos que me apoiam, e me ouvem. Agradecer-lhes por me darem o seu ombro para chorar, as suas palavras para sorrir, e o seu brilho para voltar a brilhar. Vocês todos são aqueles pequenos diamantes puros que encontrei no meio das pedras vulgares.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Julgamentos

Baseado no blog da Z.

A vida é um espectáculo de marionetas, um teatro de personagens loucas, apaixonadas e destruídas, que nunca pára. Não há personagem principal, são todos iguais, e unidos pela mesma força: o amor. Juntos ou separados lutam uma luta fácil ou difícil, e nem sempre a ganham, pois nesta peça nem sempre os heróis ganham. Umas vezes eles são os heróis da peça, mas às vezes eles são os vilões. Tudo depende da perspectiva das personagens.
Puppet on a string by *april182 on DeviantART
Todos são os juízes, perfeitos e intocáveis pela sua presença, e todos são os carrascos, que sempre cometem erros pelas suas escolhas de desespero e derrota. Alguns morrem primeiro que outros, e para dramatizar a peça, fingimos que eles significavam imenso para nós e que nunca mais os iremos ver, apenas perante o público inexistente, mas no fundo, sabemos que eles estão vivos e seguros, por detrás da cortina do espectáculo.
Para tornar a peça mais interessante, e tirar o enfadonho que ela cria, temos de sair magoados e magoar alguém. Temos de nos mostrar frágeis e vulneráveis, destruir a armadura invisível que nos cobre e cair sobre os joelhos no nosso próprio derrame de sangue. Se somos fortes como aço, também somos fracos como uma flor. Somos ágeis como uma pena e pesados como uma rocha.
Fingimos que não nos conhecemos, no palco de acção das nossas vidas, mas sabemos quem somos por detrás da cortina; e arranjamos actividades durante um dia inteiro para nos entreter, comunicamos e socializamos, tal como criamos barreiras e fechamo-nos. É tudo um grande círculo de estranheza e mistério.
Apesar disto, e apesar de não sabermos realmente de onde somos, porque estamos aqui, e o que temos de fazer nesta vida, uma coisa é clara e imperativa na nossa mente: somos humanos.