Sinto-me perdida
Naquilo a que chamam de vida.
Fechei os olhos
Aos amigos e outros.
Detesto ser falsa naquilo que digo,
É como o vazio que tira o ar que respiro.
Detesto ainda mais dizer mentiras
De mudanças repentinas.
Sinto que vivo do nada,
Por muito difícil que seja de compreender,
Parece que estou parada,
Até mesmo preocupada.
Aprendendo a que meio recorrer,
Visto que do amor é-me proibido,
Uma maneira tento descobrir,
Mesmo vendo que não consigo.
Sinto minha boca deixar de falar,
Deixar de comer,
Deixar de dialogar,
Deixar de querer ser.
Aquilo que acredito, faço e gosto de fazer
É minha vida e maldição,
Concelho e tradição,
O meu único ser.
Sinto -me vazia e insensibilizada,
Livre e desconfraternizada,
Contente e triste,
Como se a mim mesma mentisse.
As lágrimas não querem sair.
Choro, choro sem parar,
Mas elas continuam sem sinalizar
Algo que o meu coração quer sentir.
Desculpo-me pelas minhas escolhas,
Sejam más ou boas,
E continuo a me perdoar
Por quem o meu coração quer amar.
Os apaixonados não têm culpa
De quem eles perferem amar,
Apenas quem tem culpa
São aqueles que os amores estão sempre a despachar.
Meu mundo destruiu-se num abafo,
Impedido de gritar,
Constragido de se revoltar,
Inerte a lutar.
Acreditar que não consigo
Não me serve de nada.
Preciso de falar de mim para comigo,
Para me sentir mais encorajada.
De coração destroçado
E mente desnorteada,
Cá me vou consolidando
Nesta vida complicada.
Palavras de uma dor
24 de Junho de 2008
Rosana Correia Copyright
1 comentário:
Ahaha! Agora também é senhora poeta... elá... cheio de alma! xD
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